terça-feira, 21 de dezembro de 2010

UM CONTO DE NATAL!

Noite fria, ela sentia seus joelhos tremerem enquanto sentava num cantinho escondido da rodoviária central. Se os vigias a flagrassem ali iriam expulsá-la imediatamente sem se importarem se ela teria um lugar seguro pra ir. Mesmo assim ela não os culpava, estavam fazendo o trabalho deles.

Mas naquela noite, sabe-se lá o porque, um faxineiro esquecera um carrinho de limpeza num lugar bastante cômodo, que a protegia dos olhares dos guardas.Pensou: "bendito faxineiro!". Enquanto seus olhos se perdiam num misto de exaustão e adrenalina, apreciava as decorações natalinas por uma pequena brecha no carrinho de limpeza.

Por que tantas luzes? Só tinha 12 anos e a cerca de 10 deixara de acreditar em papai Noel. Afinal, já vagou por tantas ruas e viu tantos e tantos papais Noéis, cada um mais estranho que o outro. Dentre uma de suas desagradáveis descobertas, ainda muito cedo na vida, um deles tentou a bolinar enquanto sentava em seu colo pra ouvir seu pedido de natal! A imagem daquele velho nojento vestido de vermelho e com uma barba que fedia a cachaça apenas contribuiu para a destruição precoce da lenda!

Na noite de natal as pessoas se confraternizavam onde quer que ela passasse, sorrisos, abraços (sinceros ou sarcásticos?) e os presentes. AH, os presentes... eles jamais saltariam das vitrines para seus braços. Não se você não tivesse uma conta gorda ou um cartão de créditos. Restava então que figurassem sua imaginação. Tambem não desejava mais um brinquedo do que algo que lhe preenchesse o vazio no estômago ou que lhe aquecesse o frio!

“BENDITO FAXINEIRO! Devo me lembrar de agradecer a ele amanha cedinho quando ele vier pegar seu carrinho de limpeza!” pensava ela, feliz da vida. Apesar do cheiro dos escapamentos dos ônibus que entravam e saíam ali perto, o calor dos motores não era tão ruim. Não foi a noite de natal que planejara, ou que qualquer um em juízo próprio quisesse para si. Porém sabia que estava melhor naquela noite do que nas demais, e isso era para ela um presentão!

Deus? Bom... até que ela cria, já que é a ultima opção dos menos favorecidos e desesperados é aclamar ao bom e velho Deus. Pelo menos esse a ouvia vez ou outra e a tirava de algumas encrencas! Ela tinha doze anos, estava só na vida e VIVA... se não acreditasse iria estaria duvidando da sua própria existência!
O sono chegou, dormiu por algumas horas até que um cheirinho bom a trouxe a tona de seu profundo descanso. Era uma sacola de papel grande bem do seu lado, no seu interior, um sanduíche de uma marca famosa, era o maior deles... tinha batatas fritas e um copo enorme de refresco. Até então ela só tinha visto outras pessoas comerem e sempre quizera saber que gosto tinha. Bom, a hora enfim chegara! Pra sua surpresa ainda tinha junto à sacola um cobertor e um pequeno travesseiro que parecia ter sido feito sob medida pra ocasião. “quem será?” bom, melhor pensar nisso depois...

Comeu como se estivesse sem alimento a dois meses! Depois da refeição, o sono voltou, ainda mais imponente e ela se rendeu ao repouso sagrado. Dessa vez aquecida do frio por algo mais que o calor dos barulhentos ônibus que se tornavam escassos na madrugada fria de natal!

Na manha seguinte, acordou com o barulho dos passageiros de um ônibus e notou que o carrinho não mais a protegia dos olhares das pessoas. “Puxa, eu nem pude agradecer ao faxineiro” pensou. Sem exitar, se levantou, guardou o cobertor e o travesserinho na sacola grande, jogou a embalagem do lanche numa lixeira ali próxima e notou que deixara para traz um pequeno pedaço de papel vermelho. Voltou para ver o que era, e como não sabia ler, pediu a um senhor que desembarcara de um daqueles ônibus para que lesse para ela. O senhor pegou o pedaço de papel vermelho, leu e disse: “EU EXISTO!”

Naquele instante, o que parecia ter sido sorte, deixou a sensação de que aquele faxineiro não deixara o carrinho ali por acaso. A refeição e o agasalho só vieram a reforçar sua convicção!
Um sorriso diferente dos demais anos de sua vida se fez presente em seu rostinho sujo naquela manhã enquanto agradecia. Mas a quem agradecer? DEUS? PAPAI NOEL?... seja quem for que a concedeu essa noite especial, só restava à pequena dizer: “BENDITO FAXINEIRO!!!”


“QUE NÃO ELEJAMOS DATAS PARA FAZER O BEM E RETRIBUIR AS GRAÇAS DE DEUS PARA COM O PRÓXIMO! FAÇAM O BEM QUE GOSTARIAM QUE FIZESSEM A TI SE ESTIVESSEM EM TAL SITUAÇÃO!”


“paz”


Marcelo Dinelza

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O garoto invisível!

Quando eu tinha 13 a 14 anos... eu me sentia um zero à esquerda no colégio em que eu estudava. Sabe aquela coisa de andar no meio de todo mundo e todo mundo passar por você como se você não existisse? AHH eu fui assim... Sempre sonhador e apaixonado... o PLATONISMO e eu caminhávamos lado a lado! Talvez por ser um cara muito solitário e com limitados amigos nessa fase, eu desenvolvi o dom de criar meu universo paralelo.

Nesse universo paralelo eu era o máximo (pelo menos pra mim mesmo) e quando eu caia na real tava lá eu tropeçando na minha timidez e medo de tomar uns cascudos de algum cara maior que eu! Mas eu definitivamente não era um cara popular. Bom, eu era um puta desenhista, mas isso também na época era grande coisa não, eu só servia pra desenhar alguma coisa na capa de algum trabalho de alguém!

Eu vivia com os pés no chão e a cabeça nas nuvens... sempre acompanhado por um amigo ou dois que compartilhavam o mesmo sentimento! Lembro das idas e voltas em que nós, um grupo de quatro moleques, falávamos sobre as garotas mais gatas do colégio. A sexta série era repleta de futuras pretendentes pra nós “los quatro invisíveis!”.

Mas o gostoso de lembrar dessa fase é que eu sempre almejava o impossível. Sonhar com o impossível (principalmente garotas) dava à minha vida uma expectativa tão preciosa para o meu mundinho de segredos! SIM, isso mesmo! SEGREDOS, PORQUE SE EU CONTASSE A ALGUÉM ALÉM DO MEU MELHOR AMIGO SONHADOR, MUITO PROVAVELMENTE CAIRIAM NA RISADA POR DEZ ANOS CONSECUTIVOS!

Eu já me apaixonei tantas vezes que perdi a conta... acreditam que conheci minha esposa amada e amor eterno na quinta série? Fomos da mesma sala! Só que ela passava muito longe da minha lista platônica... talvez até porque nessa época, o coração nem sabia o significado verdadeiro do amor! Ele criava as pessoas como ele queria que fossem e não como verdadeiramente eram... prova disso é que em 90% dos casos, minhas musas nunca souberam da minha paixonite! Se soubessem terminariam comigo!!!

Hoje eu volto no tempo pra sentir de novo aquelas emoções engavetadas no meu coração! Quem não teve sentimentos assim que atire a primeira pedra... mas não em mim!

Enfim, amar é bom! Mesmo sozinho! A gente sofre e se torna um pseudo-boêmio(isso é outra das minhas histórias que contarei num próximo capítulo), a gente chora, acha que o mundo vai acabar... no outro dia, olha dentro de outro par de olhos e a cena se repete em uma nova historia de amor eterno que dura até o próximo ano letivo!

Meio estranho hoje eu encontrar algumas FIGURAS do passado, ex-amigos que hoje nem notam minha presença e pessoas que nunca me enxergavam que me conhecem, mas não me reconhecem! Quem me vê hoje talvez nem saiba que sou eu, aquele com quem conviveram por tanto tempo, escondido por traz desses longos e grisalhos cabelos e por uma também longa barba (rebeldia inesperada daquele ser frágil e tímido). Ainda me lembro de cada um deles... TODOS! Os nomes me fogem à memória às vezes, mas a imagem não, nem tampouco as coisas boas e ruins que tarjam cada pessoa na minha límpida memória!

Para aqueles que não se lembram de mim no passado, pros amores platônicos do passado e principalmente pros meus amigos verdadeiros que sempre me enxergaram em todos os momentos da minha vida...

O GAROTO INVISÍVEL APARECEU!!!

(Marcelo Dinelza)

sábado, 9 de outubro de 2010

PASSADO É PRESENTE!

Hoje eu acordei mais cedo que de costume e sabe aqueles momentos em que você fica olhando pro teto e pensando em nada e tudo ao mesmo tempo? Dentre esses pensamentos viajei no tempo, talvez induzido pela penumbra da manhã ainda nascente, regressei até um tempo em que eu trabalhei em uma padaria.

Eu era balconista durante as tardes semanais após chegar do colégio e aos sábados e domingos eu entregava pão numa daquelas bicicletas cargueiras com um cesto gigante na frente onde se colocavam os pães. Não que eu pense que isso seja antigo demais, e eu sinceramente espero que não seja! Mas com toda certeza esse tipo de trabalho já não é mais tão comum, é uma atividade bem interiorana e sinto falta disso na minha cidade hoje. Eu ralava, na época, ao pensar em ter de levantar as 4 da manha pra entregar pães era o mesmo que imaginar alguém enfiando uma agulha por baixo da sua unha do dedo indicador da mão direita! Mas ao pegar a bicicleta e sair tudo parecia ter ido embora. Sempre entoado por um WALK MAN, a galera de hoje nem saca o que é isso né? Mas se tiver alguém que não sabe, é um TOCA FITAS PORTÁTIL... cara acho que to ficando mesmo velho! Enfim, eu saía todas nas manhas dos sábados e domingos levando o café da manha daqueles que ainda iriam acordar. Era bom, ver o sol nascendo, me gabando de ver o dia acontecer antes de quase todo mundo! Pode parecer um jeito otimista de aceitar o que eu não tinha escolha, mas de fato eu lembro com saudade! MUITA SAUDADE!

Quando eu tinha lá pelos meus oito anos, o que já faz um tempinho considerável, eu ia no “buteco do jussa” na esquina da quadra onde eu morava. Era um boteco desses antigos com balcão onde se vendia tudo e o dono do estabelecimento é quem pegava pra você que só tinha acesso até as limitações do balcão. Eu comprava pão lá... lá tinha um rolo de “papel de pão” escolhia-se o pão que se queria olhando pelo vidro do balcão e o JUSSA era quem o pegava com um pegador de alumínio e o enrolava no papel deixando sobrar sempre as duas extremidades fora do papel. Eu ia beliscando as partes que ficavam descobertas no caminho de casa, (risos) muitas vezes chegava o pão sem miolo e minha mãe ficava muito brava! Eu usava aqueles papeis dos pães pra desenhar!

Vendia-se tudo lá nesse boteco, até corda e fumo de rolo. Os hipermercados dos shoppings de todo Brasil perdiam feio pro JUSSA... encontrava-se de tudo lá... TUDO MESMO!!! Se fudia a tampa da panela da pressão minha mãe logo dizia: VAI LÁ NO JUSSA E BUSCA UMA BORRACHA DE TAMPA DE PANELA DE PRESSÃO NUMERO TAL! E lá ia eu buscar. O Jussa era um mestre em saber onde tava cada coisa ali naquele boteco. Ele dava uma olhadinha na pro lado e já sumia entre as prateleiras daquela bagunça organizada e voltava com a borracha nas mãos e um sorriso no rosto!

Hoje tem esse lance de vigilância sanitária e tals... mas antigamente tinha cada ratão gordo andando nas traves daquele estabelecimento e já eram como da família! Ninguém se importava mais... só o jussa.. que ao vê-los dava um jeito de pegar um pau pra tentar atingir os ratões... eram tão grandes e gordos que os gatos achavam que eram cachorros e fugiam ( zoação), mas daria uma bela duma briga se os gatos fizessem algo além de dormir o dia todo nas sacos de linho amontoados num canto do boteco!
O progresso traz seus privilégios porém eu ainda sinto falta de algumas precariedades do passado, davam mais valor as coisas... Ou o errado sou eu em dar valor demais às coisas do passado!

Sabe? Eu gosto demais de lembrar o passado sinto vontade de falar sobre isso por isso peço licença aos teus olhos pra contar a vocês que me acompanham! OBRIGADO POR CHEGAREM ATÉ ESSA LINHA COM ATENÇÃO E COMPARTILHAR UM POUCO DO QUE SOU!


(MARCELO DINELZA)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma história de MIL ANOS!

Certa vez um velho mago tentava construir uma cabana com galhos juntamente com seu amigo (até então fiel) escudeiro, um grandalhão bastante forte e cabeçudo e com orelhas de abano. Labutavam na construção da cabana para que pudessem passar em segurança o temporal que se aproximava. Eles já haviam trabalhado em outras cabanas outras vezes e (até então) não haviam se desentendido. Eis que surge do meio da floresta um ogro bêbado que apresentava em torno de seus olho um par de olheiras que mais pareciam um KENIUM. O grande e forte (e bêbado) ogro trazia junto de si uma carroça cheia de tijolos porém, bêbado e se sentindo incapaz, pede ajuda ao velho mago e ao seu escudeiro cabeçudo.

“EU TENHO ESSES TIJOLOS, VOCÊS NÃO PODERIAM ME AJUDAR A CONSTRUIR UMA CABANA ? SE ME AJUDAREM PODERÍAMOS NOS ABRIGAR OS TRES DA TORTUOSA TEMPESTADE!"

O velho mago meio suscetível, ainda assim aceitou trabalhar na cabana com os tijolos do grande, forte e bêbado ogro. Trabalharam sob sol árduo e impiedoso. Ao término de todo o trabalho e já próximo do entardecer, avistavam nuvens negras que se aproximavam vindas do horizonte montanhês. a confortável cabana estava pronta e pronta a abrigar os três. Apreciavam juntos o trabalho enquanto o mago ainda se orgulhava por ter deixado uma pequena janela na lateral dizendo:

“PLANEJEI ESTA JANELA AMIGOS ... PARA QUE MESMO QUE O SOL SE APAGUE VENHA A LUA... ABRILHANTAR ESSA PARCERIA A QUE SOU MUITO GRATO AOS DEUSES!!!”

Tudo haveria de estar bem, não fosse um pequeno demônio “sem queixo” enviado das fornalhas do inferno e, imperceptível começa a buzinar na orelha dos grandalhões:

“EU NÃO ACHO JUSTO ELE FICAR COM VOCÊS NA CABANA... ELE É UM MAGO... TEM PODERES DEMAIS... IRÁ TRAÍ-LOS A QUALQUER MOMENTO ENQUANTO DORMEM E FAZÊ-LOS DESAPARECER OU MESMO ENFEITIÇÁ-LOS! AFINAL... VOCE OGRO... DEU OS TIJOLOS E VOCÊ GRANDALHÃO, É MUITO MAIS FORTE DO QUE ELE, POR QUE O RESPEITAR ASSIM?”

O mago não percebendo a presença do pequeno demônio sem queixo... convida-os “PARCEIROS” para se abrigarem da chuva na cabana... a tempestade estava muito próxima!

O grande e forte e bêbado ogro e o grandalhão cabeçudo resolveram, sob a influencia do pequeno demônio sem queixo, expulsar o velho mago da cabana alegando que não havia espaço suficiente para os três.
“ VOCÊ NÃO FEZ NADA AFINAL OS TIJOLOS SÃO MEUS!” disse o ogro ainda bêbado!
“ EU SOU MAIOR E MAIS FORTE QUE VOCÊ, ENTÃO NÃO POSSO ABRIR MÃO DO MEU ESPAÇO...” disse o grandalhão cabeçudo!

O demônio sem queixo havia conseguido realizar sua tramóia! Havia separado o mago dos grandes e fortes companheiros!

O velho mago desapontado pela traição, disse:
“EU VOU ME ABRIGAR AQUI NESSE PEQUENO COBERTO DO LADO DE FORA, QUANTO A VOCÊS, PODEM FICAR AÍ DENTRO!”

A tempestade veio e passou, enquanto lá dentro dormiam os grandalhões na sua confortável e seca cabana de tijolos. O mago humildemente se levantou, recolheu seus pertences do chão molhado e seguiu sua jornada em busca de conhecimentos para o livro da vida!

Nos pensamentos do mago, ele agradeceu aos céus por ter conhecido verdadeiramente aquele com que dividira seu tempo e conhecimentos durante toda a caminhada junto ao grande cabeçudo!

Quem enviara o ogro?
Quem enviara o medíocre demônio sem queixo?
Por que fizeram isso com ele?

Ele jamais se preocuparia em buscar essas respostas... ele já está a muitas léguas dali e feliz por estar livre e distante daquela cabana amaldiçoada e que irá mofar junto com os que ali residem, aprisionados... presos para sempre nas suas jaulas interiores da mesquinharia! Expulsaram covardemente o velho mago, porém, não perceberam que ainda moram três naquela cabana:
O grande e imponente CABEÇUDO, o grande, forte e bêbado OGRO e agora e pra sempre... o pequeno e medíocre DEMÔNIO SEM QUEIXO!


Dedico ao ogro, ao cabeçudo e ao medíocre demônio sem queixo!!!



(MARCELO DINELZA)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PROFETAS POPULARES!

Meu maior presente são os sábios populares que me circundam!

Pensamentos que eu ouço e não esquecerei até o meus derradeiros dias!

UM DIA FALANDO COM MEU PARCEIRO DE COMPOSIÇÕES E AMIGO PESSOAL, BRUNO CALLIMAN,
O NOSSO PAPO NOS DIRIGIU A UMA FRASE DELE QUE MEREÇE UM GRAMMY!

"UM HOMEM FALANDO A MAIOR VERDADE DO UNIVERSO SOZINHO NA RUA... É UM LOUCO! FALANDO A MESMA VERDADE A UM SÓ HOMEM, SE TORNA PROFETA!

TEM SENTIDO PRA VOCÊ? PRA MIM TEM!


(MARCELO DINELZA)

SONHOS... TODOS OS TEMOS.

Os melhores dias da vida parecem mesmo vir de comboio, e os ruins, de igual meio, vem sempre de uma vez, sem dar trégua ou espaço pra respirar. Há aqueles que acreditem em DESTINO, eu não creio que tudo esteja pré-estabelecido. Sei lá... é meio mesquinho pensar que tudo que temos ou mesmo não temos é vontade de um ser maior!

Acredito eu que, se você ficar sentado na beira da estrada esperando carona, se queixando da distância ou o peso de tua mala... os dias hão de continuar passando, o tempo também enquanto você conta com a boa vontade de alguém e não de si próprio!
LEVANTA E CAMINHA, PORRA!!!
Muitos acham que fulano tem a vida boa, que tem sorte. Eu acredito em não dar trégua ao tempo. Eu não tenho sorte... bom eu, às vezes, tenho sucesso no que busco! E mesmo que em outras vezes não tenha sucesso nisso ou naquilo, eu não vou parar pra chorar que nem um fraco! Prefiro chorar de emoção por ter alcançado uma vitória em meio a dezenas de tentativas falhas que, a meu ver, não teem nada a ver com derrota! “O NÚMERO DE VITÓRIAS É CONSEQUENCIA DO NÚMERO DE TENTATIVAS!!!” TEMPO A GENTE FAZ, ASSIM COMO O DESTINO!

EIS A MINHA TEORIA DE DESTINO:

“DESTINO É O LUGAR QUE VOCÊ PRETENDE CHEGAR E QUE CAMINHARÁ ATÉ CHEGAR!”
LITERALMENTE!
DESTINO NÃO QUER DIZER QUE VOCÊ JÁ TENHA O CAMINHO TRAÇADO POR FORÇA MAIOR! SENTAR E ESPERAR CARONA E CHORAR A DISTANCIA E O PESO DA BAGAGEM, OU MESMO DA CRUZ É MEDIOCRIDADE!!!



Faça seu tempo! Olhe mais pro céu! Agradeça mais ao "DEUS" que segues!
Agradeça mais ao próximo! Sorria mais! Seja mais feliz! O otimismo é a mais deliciosa das fragrâncias pra se usar no dia a dia. USE E IMPREGNE O SEU AMBIENTE!


Eu sou feliz por ter ido onde eu jamais imaginava ir!!! E NÃO AMIGOS... NÃO FOI DESTINO, ACASO OU MESMO DE MÃO BEIJADA! EU FUI BUSCAR O QUE EU QUERIA! Fui muito além das minhas espectativas... agora o que vier é lucro!

Abraço e paz a todos!!!



(MARCELO DINELZA)

sábado, 4 de setembro de 2010

PAZ E SUCESSO!

Hoje, num recado de aniversário, eu desejei a um amigo PAZ e SUCESSO. Ao clicar o enviar, refleti sobre minhas próprias palavras: Seria possível essas duas caminharem juntas?
Pra se ter paz não é aconselhável o sucesso! Pelo menos é a minha humilde opinião.
O SUCESSO é precedido de assédio e assédio não combina com PAZ. A menos que você goste de ser fotografado e descrito em milhões de artigos até mesmo quando ta cagando! A grana que vem embrulhando a fama como um papel de presentes exótico, até que me cairia bem! Porém, não saberia o que fazer ao ser postado, rotulado, comentado, carimbado se quizer voar... eita! voltando ao assunto... a grana seria bem vinda. Pensando assim, se alguem que receba este presente, e ao desembrulhá-lo quiser jogar o papel fora no quintal da minha casa, sinta-se a vontade!

AGORA MINHA PAZ... essa não tem preço!

por isso essa dedicatoria me indignou um pouco! seria como dizer... que água seca! que feia bonita! QUE POLÍTICO HONESTO!

Bem, acho que não se pode ter tudo na vida mesmo. Ou um ou outro!

QUERO A PAZ NA REALIDADE, PORQUE A PAZ QUANDO BUSCADA NUM UNIVERSO PARALELO TORNA-SE A LOUCURA!

Marcelo Dinelza

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BOA MADRUGADA...

houve um tempo em que eu achava que se eu conseguisse realizar todos os meus sonhos eu fosse um cara mais feliz... porém, mais do que nunca eu sei hoje que ninguém é 100% satisfeito com o que tem. Mesmo quando se tem tudo, se quer algo mais! Daí eu penso: já que ninguém é tão feliz que acredite que ja tenha tudo... melhor não dedicar a vida a ter aquilo que você num segundo instante vai simplesmente ignorar e buscar outra coisa. É estranho não é?
Faz parte da natureza humana... dá-se a mão, se quer o braço! a galinha do visinho é mais gorda, etc... tanto se faz pra se ter o melhor, o mais caro, o mais bonito que muitos (inclusive eu) deixam as vezes de olhar pra simples coisas que pesam na vida mais que ouro. Eu ja fui longe demais na vida e porém eu ainda nada conheço. Sou apenas um menino e vou morrer menino, pois quanto mais se aprende, se nota o quão ignorantes somos! Tudo bem que ninguem jamais vai saber tudo na vida... nem há tempo na vida suficiente pra alguém fazer tudo! Daí cabem a nós as escolhas.
Você esta vivendo a sua vida de acordo com suas perspectivas? Você sonha em ter um carro? Um apartamento? um sítio? grana? então cuidado com o tempo e o esforço que você tenha de fazer pra se ter tudo isso... pode tão simplismente não valer a pena e quando acodar em meio aos pseudo-troféus cheios de teias de aranha irá notar o vazio de ter deixado coisas mais valiosas perdidas nesse árduo caminho.
Você olha pro céu de vez em quando? nem eu... e quando eu me lembro de olhar já estou sob um teto de concreto! Olhe nos olhos de uma criança e preste atenção em como ela vive... parece que o dia demora passar quando não se busca nada além do que a vida possa oferecer naturalmente. Agora, coloque uma pitada do consumismo que assola a humanidade e pronto, PODE PREPARAR PRA CORRER ATRAZ DO QUE NÃO QUER DE VERDADE PRA SE MOSTRAR NUMA SOCIEDADE QUE QUER O QUE NÃO TEM E NÃO VALORIZA O QUE TEM. O SER HUMANO PASSA A VIDA FAZENDO PLANOS PRO FUTURO E DEIXANDO O PRESENTE PRO PASSADO!

MARCELO DINELZA

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

LÁ VEM ELES...

Lá vem eles…

Seres comuns entre si…

Diferentes de mim…

Crucificam…

julgam meus desatinos…

Meus ditos e não ditos…

Alguns me sugam até somente restarem

As sobras de suas lamúrias e desilusões…

Levam o que de melhor há em mim…

Deixam o que de pior há deles impregnados

Em meu próprio cheiro e suas partículas soldadas

No ímã de minha existência…

Ainda continuo atraindo e ainda traindo o meu eu

Em pró de outros que passam a perambular pela minha

Vida como se tivessem passe livre (apesar de não terem)

Intimidade forçada, amizade interessada, raiva e incompreensão

Disfarçadas, trasviadas em bocas que destilam sorrisos…

Venenos injetados sem a dor do trauma de um par de presas

E assim faz de suas presas apenas hospedeiros de sua

Própria infelicidade para ressurgirem das cinzas…

Ainda atraio… lá vem mais e mais deles…

Atraídos por um ser abstrato feliz que encontram em minha fachada

E que porém eu não sou…ou nunca fui…

Lá vem eles…

Cada vez mais…atraídos por um sorriso

Imperfeito, cheio de falhas formadas pela agenesia que me assola…

Lá vem eles… um a um…

Atraídos… prontos a me trair…

Caindo no buraco negro do meu eu interior…

Se perdem, se confundem ao que encontram…

Temem…

Não me reconhecem e nem se reconhecem

Não me compreendem… nem sequer sabem o que dizem…

balbuciam aos cotovelos e não mensuram suas confidencias vazias que vazam aos litros nos furos de seus encanamentos

auto preservativos…

Segredos que pra mim não possuem nenhum valor…

Ouço-os e amanha… nem lembro... ou se lembro vagamente

É porque é tão sujo ou podre que o cheiro perdura nas vias aéreas

De minha memória…

Me sugam então…

Sugam e somem… alguns saem a tempo…

Outros se perdem em mim… pra sempre…

Jogados no vazio do meu nada,

Atirados ao vácuo do meu universo particular…

Lixo espacial… luxuoso infinito que a mim é tão válido

Para o desprezo de tudo aquilo que já não serve mais!

Algum dia hão de passar de novo por minha órbita…

Mas jamais hão de cair em minha atmosfera…

Nenhum meteoro pragmático!

Reverto a gravidade a partir da gravidade de cada fato…

Preservo-me desde então…